Utilizando operações engenhosas de deslocação, reminiscentes do ready-made e das novas gramáticas realistas e pop, a artista oferece-nos uma visão cúmplice mas ao mesmo tempo crítica da sociedade contemporânea e dos vários aspetos que servem as declarações de identidade coletiva, em particular as que se referem ao estatuto da mulher, às diferenças de classe ou à identidade nacional. Esta estratégia dá origem a um discurso atento às idiossincrasias contemporâneas, em que as dicotomias habituais do artesanato/industrial, privado/público, tradição/modernidade e cultura popular/cultura erudita parecem ser investidas de afinidades capazes de renovar os habituais fluxos de significado característicos da contemporaneidade.

Em 2006, recebeu o prémio The Winner Takes It All da Fundação Berardo pela criação da sua obra “Néctar”, atualmente instalada no Museu Coleção Berardo, Lisboa; em 2003, recebeu o prémio Fundo Tabaqueira Arte Pública pelo seu projeto de intervenção no Largo da Academia das Belas Artes, Lisboa; e em 2000, ganhou o prémio Premio EDP Novos Artistas.

A convite do Centre des Monuments Nationaux ao Château de Vincennes de 10 de Maio a 6 de Novembro de 2022, Joana Vasconcelos está a levantar um loureiro iluminado de 13 metros na Capela Real, feito de bordado preto, vermelho e dourado, embelezado com luz.

Créditos: © Atelier Joana Vasconcelos

No trabalho do artista, é dada particular importância às intervenções específicas no campo da arte pública, das quais destacam-se os projetos:

  • Portugal a Banhos, Doca de Santo Amaro, Lisboa (2010);
  • La Théière, Le Royal Monceau, Paris (2010);
  • Sr. Vinho, Mercado Municipal de Torres Vedras, Torres Vedras (2010);
  • Jardim Bordallo Pinheiro, Jardim do Museu da Cidade, Lisboa (2009);
  • Varina, Ponte D. Luís I, Porto (2008);
  • A Jóia do Tejo, Torre de Belém, Lisboa (2008).

Joana Vasconcelos tem exposto regularmente em Portugal e no estrangeiro desde 1994. As suas exposições incluem:

  • Il Mondo Vi Appartiene, Palazzo Grassi, Veneza (2011);
  • Magic Kingdom, Kunsthallen Brandts, Odense (2011);
  • I Will Survive, Haunch of Venison, Londres (2010);
  • Sem Rede, Museu Colecção Berardo, Lisboa (2010);
  • Mi Vida. From Heaven to Hell – Life Experiences in Art from MUSAC Collection, Mücsarnok Kunsthalle, Budapeste (2009);
  • Un Certain Etat du Monde ? A Selection of Works from the François Pinault Foundation, The Garage, Center for Contemporary Culture, Moscovo (2009);
  • Contaminação, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2008);
  • Où le Noir Est Couleur, Galerie Nathalie Obadia, Paris (2008);
  • L’Argent, Le Plateau, Paris (2008);
  • Joana Vasconcelos, The New Art Gallery, Walsall (2007);
  • Yellow Brick Road, Palazzo Nani Bernardo Lucheschi, Veneza (2007);
  • Modern-Mahrem, Santralistanbul, Istambul, (2007);
  • Espais Oberts, CaixaForum, Fundación la Caixa, Barcelona (2006);
  • Venice – Istanbul, Istanbul Modern, Istanbul (2006);
  • Echigo-Tsumari Art Triennial, Tokamachi (2006);
  • Always a Little Further – La Biennale di Venezia, Arsenale, Veneza (2005);
  • L’Idiotie – Expérience Pommery #2, Domaine Pommery, Reims (2005);
  • Emergencias, MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León, León (2005);
  • Joana Vasconcelos, Casa Triângulo, São Paulo (2004);
  • Portugal – 30 Artists under 40, The Stenersen Museum, Oslo (2004);
  • Todas las Direcciones, Centro Andaluz de Arte Contemporáneo, Sevilha (2003);
  • Outras Alternativas – Novas Experiencias Visuais en Portugal, MARCO, Vigo (2003);
  • F.A.T., Galeria 111, Lisboa (2002);
  • Trans Sexual Express, Mücsarnok Kunsthalle, Budapeste (2002);
  • Medley, Galeria Central Tejo/Museu da Electricidade, Lisboa (2001);
  • Squatters/Ocupações, Palácio da Justiça, Porto (2001);
  • Ponto de Encontro, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto (2000);
  • Colección António Cachola, Arte Portugués de los Años 80 y 90, MEIAC, Badajoz (1999).

As suas obras estão representadas em várias coleções públicas e privadas em Portugal e no estrangeiro.