Seguindo a tradição portuguesa de azulejos monocromáticos, a artista idealiza e desenvolve intervenções cerâmicas, objetos esculturais e peças site-specific a partir do jogo entre azulejos tridimensionais e planos, criando novos padrões e composições originais.

Baseada em Lisboa, ostenta um diploma em Cerâmica e Belas Artes pelo Ar.Co Centro de Arte e Comunicação Visual, onde tornou-se co-diretora do departamento de Cerâmica, e um mestrado em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa. Em todos os seus trabalhos, questiona e põe em diálogo a produção tradicional de artesanato e a arquitetura nacional, uma combinação que sempre gera resultados singulares, embora tão facilmente reconhecidos com a sua assinatura.  

Maria Ana foi selecionada para o Mostyn Open 19, e, entre 2016 e 2018, venceu diversas vezes os prémios britânicos de Design, Surface Design Awards. Os seus trabalhos são expostos regularmente em Portugal e no estrangeiro, em mostras individuais ou coletivas: “Ice Ice Baby”, Appleton (2021); “Pitching yourself a tent were we all may enter”, Quetzal Art Center (2021), Vidigueira; “Água d’Alto”, Galeria Municipal de Almada (2019); “Veículo Longo”, Casa-Atelier Vieira da Silva (2019); “The Land of the Glazed Cities”, Imperial Palace, Beijing (2019); “Do presente para o futuro”, Museu do Azulejo, Lisboa (2018); “Portugal Tropical”, Merzbau Gallery, Miami (2016); “Primeira Escolha”, Museu José Malhoa, Caldas da Rainha (2016); “Mostyn 19 Agora”, Mostyn, Landudno, País de Gales (2015); “HD”, Espaço AZ, Lisboa (2014); e “ABECEDÁRIO – 40 Anos do Ar.Co”, Museu do Chiado, Lisboa (2013). Muitas das suas obras integram, também, coleções públicas e privadas, sendo a artista representada pela Galeria Jeanne Bucher Jaeger e pela Galeria Fonseca Macedo. 

No âmbito da Temporada Portugal-França 2022, a ceramista é convidada a construir uma peça de homenagem à Simone Veil, a ser revelada na cerimónia de encerramento.

 

Retrato em destaque: © Kenton Tatcher

Maria Ana Vasco Costa em trabalho.