Apresentação
Corentin Diana e Emma Verbeke, artistas circenses oriundos do Centre National des Arts du Cirque, formam um duo num espaço de representação em constante evolução. A pesquisa de ambos incide na sua relação com um solo movediço, com uma terra instável. Em cena, um objeto/aparelho de madeira e metal suspenso, concebido como um sistema de matrioscas que se elevam, desdobram, enrolam-se e balançam. As diferentes paisagens são simultaneamente metáforas e o contexto da sua relação. É um pedaço de terra, um horizonte, o seu teto, o seu miradouro… De equilíbrio em desequilíbrio, com fulgor, os acrobatas estão em constante adaptação dos seus movimentos, interagindo com essa instabilidade. Assim, reconstroem lugares, espaço-tempo, o sentido e a linha ténue de uma história, o esboço do seu retrato.