
Informações Práticas
Sé Concatedral de Castelo Branco
Largo da Sé, 6000-102 Castelo Branco
15h30
Acesso gratuito até a lotação da Igreja
Site & Redes Sociais
Apresentação
Parceria entre MAAC – Música Antiga Associação Cultural e Ensemble Stradivaria
Programa que celebra dois exemplos marcantes da História da Performance Musical da História da Música em Portugal e em França. O Brilho do Barroco Tardio e Retórica Musical tratada e modo genial por Francisco António de Almeida
A famosa Chaconne de Pierre Montan Breton que abre o programa de concerto integra a suite de danças executada por ocasião das Bodas do Conde d’Artois, em 1773. Segue-se-lhe a Missa em Fá Maior de Francisco António de Almeida, transcrita a partir de um manuscrito da biblioteca de Schönborn-Wiesentheid por João Janeiro. Estruturada em 16 andamentos, a breve abertura instrumental flui diretamente para a secção primeira do Kyrie. De imediato se estabelece a matriz composicional: bipolarização tonal Maior / menor; estrutura da obra marcada pela secção de ouro e o efeito anticlímax de diminuição da participação instrumental. A partir do Gloria até ao Agnus Dei, Almeida retira gradualmente instrumentos à orquestra e a participação dos solistas é também limitada após o Credo. No Sanctus, apenas as cordas e o baixo contínuo acompanham as partes vocais. A textura do andamento final é reduzida ao essencial clássico das 4 vozes e órgão. Esta lógica composicional não pode deixar de evocar para nós, hoje, a famosa Sinfonia n.º 45 de Josef Haydn, conhecida como Les Adieux, em que o efectivo instrumental diminui também à medida que a obra avança. Assim, a Missa em Fá de F. A. Almeida, ao revelar a utilização esta técnica torna-se uma obra única do Barroco musical. As secções solísticas de características pungentes, são exemplo das melhores práticas composicionais transalpinas. As partes do coro, caracterizam-se pela sua diversidade, desde a textura homofónica, ao concertato e à polifonia imitativa, como são excelentes exemplos as fugas do Kyrie e do Gloria.