Data(s)

25/06/2022 
02/07/2022

Local

Porto 

Informações Práticas

Teatro Nacional São João

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Apresentação

O nosso tempo mudou e é talvez tempo de o teatro usar os seus artifícios para nos transportar a um tempo futuro que melhor nos fale do tempo presente. Foi este olhar alegórico que Tiago Rodrigues tomou como premissa da sua peça Catarina e a Beleza de Matar Fascistas. Uma família reúne-se numa casa perto da aldeia de Baleizão para cumprir uma tradição anual: raptar e matar fascistas. É a vez de Catarina, um dos seus mais jovens elementos. É um dia de festa, beleza e morte. Mas Catarina é incapaz de matar e o conflito instala-se, enquanto o fantasma de uma outra Catarina, Eufémia de apelido, assoma. O que é um fascista? Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia para melhor a defender? Como um poema distópico, o espetáculo afasta-se da realidade para melhor nos aproximar dela, ensaiando uma negociação poética com a cultura popular. O teatro é assim uma forma coletiva de projeção no futuro que nos cabe construir.